segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Colaboração e diálogo na promoção do desenvolvimento

O seminário Redes de Desenvolvimento 2008 reuniu uma boa turma de brasileiros, colombianos, um peruano, uma canadense, um holandês... ao todo, em torno de 150 atores sociais trabalharam juntos questões, desafios e o potencial das redes na promoção do desenvolvimento sustentável. Estruturado de forma a garantir a participação de todos, o seminário foi também ponto de encontro entre atores e projetos complementares, possibilitando novas conexões e articulações. Entre 30 de julho e 01 de agosto, o Campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac viveu a cultura da colaboração. A seguinte afirmação do pesquisador em redes Augusto de Franco resume a atmosfera dos debates: “Tudo o que é sustentável se estrutura em redes, logo só há um grande desafio: compreender, articular e animar redes sociais.” Fruto do trabalho colaborativo entre os participantes do Redesenvolvimento[1] – Programa de Formação em Redes para o Desenvolvimento -, e as equipes da ABDL e do Senac São Paulo, o seminário foi também espaço para a apresentação de casos, pontos fortes e dilemas das redes que atuam na promoção do desenvolvimento. A seguinte afirmação de um participante foi retirada do formulário de avaliação do evento: “sem idealizações, o seminário permitiu que fossem problematizadas questões objetivas de quem busca estruturar suas redes.” De fato, a proposta do seminário foi a de debater os principais desafios das articulações em rede e não apenas enaltecer esse tipo de organização.

Práticas do trabalho em rede
O seminário teve, em sua abertura na noite do dia 30 de julho, as falas de Lelie Paás, do International Institute for Sustainable Development, de Augusto de Franco, da Escola de Redes e do secretário municipal de assistência e desenvolvimento social de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. As falas foram seguidas de intenso debate acerca da importância da colaboração em processos de promoção do desenvolvimento. Os dias 31 de julho e 01 de agosto foram abertos com painéis que trataram, respectivamente, dos temas: ‘As redes na promoção do desenvolvimento sustentável’ e ‘Os desafios do trabalho em rede’. Os palestrantes foram, no dia 31, Laura Valente, do ICLEI, Antônio Carlos Gomes da Costa, do Modus Faciendi e Ladislau Dowbor, da PUC-SP. No dia 01, falaram: Enrique Mendizabal, peruano que trabalha no Overseas Development Institute, do Reino Unido, Ricardo Wilson-Grau, consultor holandês em desenvolvimento e avaliação em redes, e Caio Silveira, um dos idealizadores do Fórum DLIS (Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável) e que está à frente da Expo Brasil Desenvolvimento Local.

Um comentário:

Ivan Mello disse...

Participei do Redes e Desenvolvimento 2008 no Senac Santo Amaro e foi muito importante para identificar as dificuldades de criar uma rede realmente distribuída. Parece que certos vícios trazidos da postura centralizada sempre "contaminam" o trabalho, mas é melhor iniciar de qualquer maneira do que aguardar eternamente o modelo utópico ideal.

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